terça-feira, 27 de julho de 2010

Janela de Nós


De onde vem
aquele sossego
assim enfeitado
de flores e barcos
sobre o espelho dos olhos
maré banhada
por um sol nascente
por uma luz crescente – no peito!

As casas
sempre tão pequenas
recheadas das maiores
morenas mulheres
e de homens de pão, em cores.

Na praça
uma fonte passageira,
uma vida que brilhará
cada vez que uma criança
gargalhar

Era assim, toda rodeada de primaveras
a Vila Ventura
ali na curva do vento
que traz a saudade
e que descansa num universo
de lençóis - brancos.

É ali no último acorde do violão
que eu me recosto
nos braços da paz,
descalço meus pés da solidão
fecho os olhos
e de mãos dadas
te amo.

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